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Data de entrada: 2 de mai. de 2018

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INES realiza I Seminário de Tradutores, Intérpretes e Guia-intérpretes

Por Monica Mendes - jornalista do Instituto Nacional de Educação de Surdos*



O Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES) realizou nos dias 18 e 19 de julho, das 8h às 21h, o primeiro Seminário de Tradutores, Intérpretes e Guia-intérpretes do INES: Diálogos e Encontros Interdisciplinares - I SETILSP. O evento, de caráter formativo, contou com a presença de convidados brasileiros e estrangeiros e promoveu um espaço de diálogos, reflexões, socialização e práticas de forma integrada, a fim de estimular a aquisição de novos conhecimentos por profissionais da área e estudantes fluentes em língua brasileira de sinais (libras) e a difusão de pesquisas com foco nos estudos da tradução. Cerca de 150 pessoas participaram de palestras e atividades nos dois dias.


Realizado totalmente em libras, o seminário também foi uma edição especial do Fórum Bilíngue do INES e contou com o apoio da Associação de Tradutores Intérpretes e Guia-intérpretes de Língua de Sinais do Estado do Rio de Janeiro (Agite-RJ) e da Associação dos Servidores do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Assines). Um dos palestrantes convidados foi o professor Keith Cagle, chefe do departamento de intérpretes da Gallaudet University, a primeira universidade bilíngue do mundo estruturada para o público surdo, localizada em Washington, nos Estados Unidos. Logo no panorama de abertura, ao debater a perspectiva surda na tradução para American Sign Language (ASL), a língua de sinais americana, Cagle permitiu que o público conhecesse melhor o trabalho de interpretação realizado na Gallaudet. 


Para a tradutora de libras e guia-intérprete Francislaine Assis, da comissão organizadora, o I SETILSP representou um marco para a formação de profissionais que trabalham com línguas de sinais e na discussão de temas fundamentais nas áreas de tradução, interpretação simultânea e consecutiva e guia-interpretação para surdocegos. "O seminário partiu de um trabalho coletivo representando os mais de cinquenta TILSP (tradutores e intérpretes) do INES, com muita dedicação, reflexões, dias e madrugadas de trabalho intenso para realizar este encontro que seria um grande marco na história do instituto", afirma Francislaine, frisando que foi a primeira vez que um evento do INES desta magnitude aconteceu sem falas, totalmente sinalizado.


Francislaine também destaca o envolvimento de tradutores e intérpretes surdos e a contribuição de professores que atuaram como intérpretes de American Sign Language (ASL) como pontos positivos do encontro. "Mais que atender aos objetivos propostos – reunir um grande número de convidados para fomentar diálogos e firmar nosso compromisso na divulgação e promoção de pesquisas na área, este primeiro seminário possibilitou a participação da comunidade surda", ressalta. Segundo ela, a iniciativa nasceu do anseio compartilhado por todos os intérpretes e tradutores do INES de avançar em direção à melhoria na formação dos TILSP brasileiros.


Além de palestras e debates em diferentes formatos, o SETILSP ainda contou com nove oficinas, oferecidas simultaneamente, e a apresentação de pesquisas (comunicações) e pôsteres previamente selecionados. No dia 17, véspera da abertura, a comissão organizadora do evento ofereceu um minicurso de formação interna, de seis horas de duração, para servidores do instituto com proficiência em libras, a fim de promover práticas de interpretação e tradução libras-português em contexto institucional e um aprofundamento no campo disciplinar dos estudos da tradução. 


As inscrições para o I SETILSP se encerraram no dia 6 de julho e as vagas dos participantes foram definidas por sorteio eletrônico realizado no dia 9, conforme anunciado.



*Reprodução da reportagem na íntegra.

@setilspines

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